Blog

Vegetarianismo: Uma Jornada de Saúde e Consciência

Minha trajetória para uma vida mais leve

Essa história de transição para o vegetarianismo não tem grandes reviravoltas, mas é especial pra mim. É sobre como um desejo de criança me ajudou a ser uma adulta mais feliz e saudável. Talvez, por sua simplicidade, ela possa inspirar outras pessoas também.

Muitas vezes me perguntam por que decidi virar vegetariana ou como foi o processo. Geralmente a pergunta vem acompanhada de um “Eu sempre quis, mas não consigo…”. Minha resposta é: “Mas você já tentou?”. Assim como eu já fiz, muita gente admira a ideia de não comer carne, mas por vários motivos continua consumindo. Pode ser porque o coração de frango parece irresistível, ou porque é difícil recusar aquela carne de panela que a tia faz com tanto carinho. Ou simplesmente porque é mais fácil pegar uma coxinha na esquina do que procurar uma opção vegetariana no meio da correria do dia a dia.

Eu não sei ao certo quando comecei a flertar com o vegetarianismo, mas desde criança essa ideia já passava pela minha cabeça. Eu detestava passar perto do açougue e ver aqueles pedaços de animais expostos. Preferia pensar que a carne que eu comia era só um pedaço avermelhado e suculento, que já vinha pronto do mercado.

Em casa, minha mãe sempre preparava receitas com frango ou peixe, nunca boi ou porco. Era na casa de amigos ou churrascarias que eu experimentava outros tipos de carne. E foi num desses dias que comi a carne mais gostosa da minha vida — um pedaço de “vitela”. Logo após a primeira garfada, perguntei ao meu pai o que era vitela e por que era tão gostosa. Hoje me dá vontade de chorar só de lembrar. Vitela, pra quem não sabe, é a carne de bezerros de 6 a 8 meses, alimentados só com leite e mantidos em espaços minúsculos para que não desenvolvam músculos e a carne fique macia. Eu nunca mais comi.

A carne é fraca

Aos 17 anos, virei motivo de risadas dos meus colegas de colégio quando precisei sair da sala chorando após assistir ao documentário A carne é fraca. O filme abriu ainda mais minha mente, abordando a saúde animal, o meio ambiente e o impacto gerado na produção e consumo. O choque é grande para quem tem sensibilidade, mas vale a pena assistir. Está disponível no YouTube. Apesar do impacto inicial, não foi suficiente para uma mudança definitiva. Por um tempo, reduzi o consumo de carne. As imagens do documentário voltavam à minha mente, e eu me sentia culpada ao comer carne. Mas, com o passar do tempo, voltei a enxergar apenas os produtos embalados no mercado, e o coração de galinha reconquistou seu espaço no meu prato em todos os churrascos.

A carne de boi e porco já não eram minhas preferidas. Quando comecei a participar dos churrascos da faculdade, levava linguiça de frango, porque além de tudo, eu me achava saudável por comer “carne magra”. Nessa época, sem muito critério, eu comia o que o restaurante universitário oferecia. Em uma viagem com minha mãe e irmã, fomos almoçar numa churrascaria rodízio, e ao observar os garçons passando com carnes presas em espetos, cortando pedaços que muitas vezes iam parar no lixo, me senti mal. Prefiro não descrever aqui a cena inspirada no Quentin Tarantino que eu imaginei naquela churrascaria, mas me fez chorar.

Decidi parar de comer qualquer tipo de carne. Confesso que errei, aboli o consumo sem me preocupar em me nutrir adequadamente. Na minha cabeça, cogumelos tinham proteína suficiente, e eu achava que salada já era saudável o bastante. Óbvio que meu plano de vegetarianismo não deu certo. Depois de 4 meses, comecei a sonhar com boi malpassado — o que eu nem gostava antes. Sim, é muito estranho chorar numa churrascaria e salivar com isso.

Cedi à pressão social e achei que era muito difícil manter meu plano e agradar meus amigos ao mesmo tempo. Junto com o consumo de carne, parei de praticar atividade física, consumia doce em excesso e desperdiçava meu tempo livre dormindo no sofá. Aos finais de semana, a comida frita era acompanhada por copos de chope, e o resultado? Muito choro em frente ao espelho.

Uma hora a chave muda

Roupas apertadas, 67 kg na balança, um zumbido constante no ouvido que me incomodava demais, enxaquecas semanais e um exame positivo para intolerância a lactose me fizeram repensar meus hábitos. Reduzi o açúcar, parei de consumir lácteos, emagreci um tanto, me animei, e o zumbido sumiu. Passei a consumir muito mais vegetais, reduzi as frituras e as carnes. Quando ia a restaurantes, optava pelas opções vegetarianas e descobri um mundo de possibilidades. Parei de comer porco e reduzi drasticamente o consumo de carne vermelha. Já não queria mais pedaços de carne, só “boi ralado”, como diria meu pai.

Sabe aquela história de “ou casa ou compra uma bicicleta”? Então, eu ganhei uma! Me senti mais leve (em diversos sentidos) e passei a apreciar a alimentação mais natural.

Durante a pandemia, preparando mais comida em casa, me dei conta de que também não fazia sentido comer frango. A última vez que comi peixe, estava comendo uma salada de salmão quando vi um vídeo no Instagram de um chef cortando a cabeça de um polvo vivo, que se debatia enquanto ele manipulava seu corpo como um troféu. Parei ali mesmo. E desde aquele dia, não comi mais nenhum animal.

Hoje sou mais feliz, mais saudável, e tenho certeza que a Debora criança aprovaria.

PS: Se ainda não assistiu, veja Professor Polvo na Netflix. É uma lição sobre relações que podemos desenvolver com os animais e nem é sobre vegetarianismo.

PS2: Se você ainda não pensa no vegetarianismo como estilo de vida, mas aceita experimentar uma opção sem carne, deixo aqui a sugestão desse hambúrguer da Amazonika.

Embalagem-amazonika-mundi-burguer
Dicas

Hã? BURGUER!

Amazonika Burger

Sexta, sábado, domingo a noite dá vontade de comer hambúrguer, que bom que numa das idas ao mercado passamos pelos congelados e o Amazonika burger saltou pra dentro do carrinho, a embalagem de papel com colorido bem amazônico/indígena/contemporâneo, carrega um clean label, ou seja, um rótulo limpo, com poucos ingredientes e nada que uma inteligência natural não consiga identificar.

Fizemos os hambúrgueres do jeito que a embalagem sugere: Direto do freezer para a frigideira, 4min de cada lado em fogo médio, só um tiquinho de sal e tá pronto. Optei por consumir sem temperar, pois queria sentir o sabor dele mesmo, tem um sabor suave que leeembra um hamburguer bovino. Combina bem com outros sabores, acredito que dê pra usar a criatividade com ele.

Fiz tomates e cogumelos confit e um creme de tofu para compor o lanche que montei num pão sem glúten da Amina.

O creme de tofu lembra (só lembra), um cream cheese na textura e no azedinho. Pra fazer é bem simples, seu sempre faço a olho, mas precisa de aproximadamente:

  • 100g de tofu;
  • Suco de ¼ de limão;
  • 1 colher de sopa de azeite;
  • ½ colher de sopa de levedura nutricional.

Bate tudo no processador ou no mixer até ficar um creme liso, se achar que precisa ficar mais liso, adicione um tico de azeite ou água até dar o ponto desejado.

Se quiser, aqui tem receita de sour cream de tofu, que também combina.

Agora é só escolher os acompanhamentos e ser feliz comendo um hamburgão no final de semana.

Boa para a economia, pro planeta e pra todos os homo sapiens.

Busco manter um consumo consciente e sempre que possível, escolho empresas e produtos que estejam alinhados com o que acredito ter o melhor impacto para o planeta.

A satartup brasileira Amazonika Mundi não só foca em oferecer alternativas vegetais à carne, mas também tem uma forte preocupação ambiental. A empresa utiliza a fibra de caju, um subproduto que geralmente seria descartado, contribuindo assim para a redução de desperdício e promovendo a sustentabilidade.

Matéria completa

Além de reduzir o desperdício, a Amazonika Mundi trabalha com famílias de agricultores no Nordeste do Brasil, proporcionando a diversas famílias uma fonte de renda adicional e melhorando a qualidade de vida dessas comunidades.

Matéria completa

O amazonika burger é um dos produtos da marca, eles tem diversas opções como bolinho de feijão, falafel, hamburguer de quinoa e vários outros.

Se quiser saber mais sobre a marca, os produtos e processos, acesse o site deles aqui.

Prato com purê de feijão branco, cogumelos portobello assados e tomates confitados
Acompanhamento, Prato Principal

Cogumelos assados com Purê de Feijão branco

Uma combinação de sabores e texturas

Em tempos de salvar várias idéias pra fazer depois e nunca mais pensar nelas, resolvi reproduzir uma delas, não segui receita, fiz do meu jeito, mas ficou tão gostoso que resolvi compartilhar. A ideia original encontrei no pinterest, salvei numa pasta de receitas veganas, essa especificamenteé do @sovegan. Ele faz um purê de feijão branco com alho, acompanhado de cogumelos assados finalizados com um chimichurri lindo, bem picadinho. A apresentação do prato ficou muito bonita, e, como tenho uma certa dificuldade em empratar acabei imitando o dele.

Prato com purê de feijão branco, cogumelos portobello assados e tomates confitados

Aproveitei uma sexta a noite pra servir um jantar especial aos dois humanos que moram nessa casa. Na quinta-feira deixei uma xícara de feijão branco de molho, troquei a água duas vezes num período de 16h, não precisa ser regra, mas ajuda bastante a eliminar fatores antinutricionais que prejudicam a digestão. Existe feijão branco enlatado, eu nunca usei, acredito que seja o dobro do preço, mas funciona em caso de falta de tempo.

No mercado achei cogumelos portobello grandes, mais ou menos do tamanho da palma da mão, eram 5 na embalagem (250g).Cozinhei o feijão com 2 folhas de loro e 3 cravos em panela de pressão com fogo médio por 20 minutos e deixei reservado.

Bônus: Tomates Confit

Decidi fazer uns tomates cereja confit para acompanhar, lavei cerca de 100g de tomates, e coloquei para assar com alecrim seco, sal e muito azeite em temperatura muito baixa, no meu forno o mínimo é 180º, por uns 50 minutos.

Limpei os cogumelos com papel toalha úmido e pincelei uma pasta de missô (1 colher de sopa), água (3 colheres de sopa), azeite (1 colher de sopa), páprica defumada, cominho, pimenta do reino, pimenta caiena e sal (tudo a gosto). Assei a 180º, tirei quando estavam começando a grudar na forma, foram uns 40 minutos.

Enquanto os tomates e os cogumelos assavam, preparei um vinagrete meio chimichurri, diferente do vídeo, coloquei cebola roxa e acho que deu um leve toque adocicado que eu amo. Usei salsinha, cebolinha, cebola roxa, pimenta vermelha (essas de jardim, acho que é cumari), orégano, vinagre, azeite e sal, tudo bem picadinho pra ficar lindinho como o dele.

No vídeo o sovegan utiliza uma cabeça de alho assada e bate com o feijão no liquidificador, um jeito simples e rápido, deve ficar bom. Mas, para o meu purê, refoguei um punhado de alho poró cortado em rodelas não muito finas (cerca de 3 colheres de sopa), adicionei o feijão cozido, 1/4 de xícara de leite de castanha de caju, sal e 1 colher de sopa rasa de manteiga vegetal, processei tudo com o mixer de mão e voltei ao fogo só para aquecer.

Com tudo pronto, montei os pratos e servi. O sabor do cogumelo foi surpreendente, o ácido do vinagrete foi equilibrado com o purê e os tomates trouxeram suculência, tudo combinou e foi muito aprovado!

E as proteínas?

É de conhecimento comum que alimentos de origem animal são ricos em proteínas completas e a primeira pergunta que fazem quando alguém diz que não come “carne” é “E a proteína?”.

Quem é vegetariano, vegano, simpatizante, deve estar acostumado a procurar opções sem proteína de origem animal quando vão à restaurantes e muitas vezes encontra pratos feitos com cogumelo. Apesar de muito rico em diversos nutrientes como vitaminas do complexo B, vitamina D, C e E, mineiras e antioxidantes, os cogumelos não são uma fonte concentrada de proteína. No começo da minha transição já acreditei nisso e várias vezes comi cogumelos achando que meu prato estava super equilibrado. Entender a função e origem das proteínas é fundamental para quem adota uma dieta a base de plantas para garantir uma nutrição adequada.

As proteínas desempenham papéis muito importantes em diversas funções corporais, incluindo a estrutura celular, o transporte de nutrientes, a comunicação entre células, a função enzimática, resposta imunológica entre outras. São formadas por cadeias de aminoácidos que se organizam em estruturas complexas tornando-se capazes de exercer funções biológicas específicas.

Existem cerca de 20 aminoácidos que são comumente encontrados nas proteínas. Destes, nove são considerados essenciais para o funcionamento adequado dos seres humanos, e nosso corpo não consegue produzi-los por conta própria, portanto, devem ser obtidos através da alimentação.

As leguminosas (feijões, lentilhas, grão de bico, ervilha, soja…) são a principal fonte de proteína vegetal, mas é necessário saber que sozinhas não fornecem a quantidade necessária de aminoácidos, é preciso combinar uma porção de cereais e oleaginosas para obter uma proteína completa. Embora as leguminosas sejam ricas em proteínas, tendem a ser deficientes em um ou mais aminoácidos essenciais, enquanto os cereais e oleaginosas complementam essas deficiências, fornecendo outros aminoácidos.

Portanto, é preciso combinar leguminosas com cereais (arroz, trigo, quinoa) e oleaginosas (nozes, amêndoas, sementes), para obter uma variedade adequada de aminoácidos essenciais, formando uma proteína completa.

Depois de dizer tudo isso, a reflexão: O prato que servi não contempla porções dos grupos dos cereais e oleaginosas, pergunto de novo, e a proteína?

Algo interessante, e pra mim, muito legal na dieta a base de plantas, é que, apesar do consumo dos aminoácidos essenciais ser uma regra para obtenção das proteínas, eles não precisam ser combinados numa única refeição. Pra quem gosta de comer diversos alimentos combinados de formas diferentes, pode ficar tranquilo porque é muito provável que consiga todos os aminoácidos essenciais ao longo do dia.

Com a escolha de alimentos variados nas refeições diárias, fornecemos diversas fontes de proteínas ao nosso organismo, essas são digeridas no trato gastrointestinal e os aminoácidos que são liberados nessa quebra pegam uma carona nas células intestinais e são transportados pela corrente sanguínea para diferentes partes do corpo, onde são utilizados para várias funções orgânicas já citadas.

É claro que, cada pessoa é diferente e a quantidade de proteína (e outros nutrientes) deve ser calculada com base na atividade, estilo de vida, objetivo e necessidade de cada um. Então, procurar profissionais capacitados faz toda diferença na hora de compreender funções e necessidades do corpo em diferentes fases da vida.

Depois de tudo isso, sigo com as receitas. Serão descritas na ordem que fiz e tudo ficou pronto num tempo similar. Como utilizei feijão cru, coloquei para cozinhar antes de tudo.

Tomates cereja confitados

A temperatura baixa e a grande concentração de gordura cozinham os tomates até que fiquem murchos e suculentos ao mesmo tempo, comer tomates confit é uma experiência muito interessante de texturas e sabores.

Precisa de: Assadeira e forno.

Ingredientes:

  • 100g de tomate cereja
  • Azeite suficiente para engordurar todos os tomates e sobrar
  • Alecrim e sal a gosto.

Tomilho, sálvia e outras ervinhas devem cair bem aqui.

Modo de fazer:

  1. Lavar os tomates;
  2. Colocar numa forma e despejar o azeite, adicionar os temperos;
  3. Assar em temperatura baixa, 180º por 50 minutos verificando aparência e textura de preferência.

A pele dos tomates pode ficar ligeiramente enrugada, mas ainda mantém um visual atraente. A cor deles geralmente se intensifica, resultando em tons mais profundos de vermelho.

Cogumelos portobello assados

Pincelados com uma pasta de temperos, os cogumelos são assados em baixa temperatura e o resultado é muito saboroso e o cogumelo fica suculento. Dá até pra comer os talos, mas ficam mais ressecados e borrachudos.

Precisa de: Assadeira e Forno.

Ingredientes:

  • 250g de cogumelos portobello grandes (cerca de 5 unidades)
  • 1 a 2 colheres de sopa de missô ~35g
  • 2 colheres de sopa de água – 30g
  • 1 colher de sopa de azeite ~20g
  • Páprica defumada, pimenta do reino, cominho em pó, pimenta caiena e sal a gosto

Modo de fazer:

  1. Limpar os cogumelos com papel toalha úmido e reservar;
  2. Misturar os demais ingredientes, ajustar os sabores conforme preferência;
  3. Com um pincel culinário, espalhar essa pasta nos cogumelos, reforçando a parte de baixo, onde mais absorve;
  4. Distribuir os cogumelos numa assadeira, ideal que seja forrada com papel manteiga;
  5. Levar ao forno pré aquecido a 180º por aproximadamente 40 minutos, verificando a textura e aparência.

Vinagrete

Vinagrete ou chimichurri? Talvez seja uma mistura dos dois, o importante é que o sabor ácido dá um toque super especial nos cogumelos e é equilibrado com o purê de feijão.

Precisa de: Um bowl, vasilha, tapaué; e Faca

Ingredientes:

  • Um punhado de salsinha
  • Um punhado de cebolinha
  • 1/4 de cebola roxa pequena
  • 2 pimentas cumari
  • 4 colheres de sopa de vinagre
  • 1 colher de sopa de azeite
  • Orégano e sal a gosto.

Modo de fazer:

  1. Picar a salsinha, a cebolinha, a cebola e as pimentas bem pequenininho e colocar num bowl;
  2. Adicionar os demais ingredientes e misturar bem;
  3. Provar e ajustar os sabores;
  4. Guardar até a hora de servir.

Purê de feijão branco

Muito fácil de fazer e com uma textura macia e saborosa, o purê se torna uma ótima base para misturar os sabores do prato.

Precisa de: Panela de pressão, panela, mixer de mão, faca e fogo.

Ingredientes:

  • 1 xícara de feijão branco cru ~ 200g
  • 3 cravos
  • 2 folhas de loro
  • ¼ de xícara de alho-poró ~60g
  • 3 colheres de sopa de Leite de castanha de caju ~45g
  • 1 colher de sopa de manteiga vegetal ~15g
  • Sal a gosto.

Modo de fazer:

  1. Depois de demolhar o feijão por pelo menos 12h e trocar água, colocar o feijão na panela de pressão junto com os cravos e as folhas de loro, colocar água suficiente para cobrir o feijão e mais um pouco, cozinhar na pressão por 20 minutos;
  2. Numa panela, refogar o alho poró por uns 3 minutos em fogo médio/baixo;
  3. Adicionar o feijão na panela e refogar por mais alguns minutos;
  4. Retirar do fogo e adicionar o sal, a manteiga e o leite de castanha mexendo para incorporar;
  5. Com um mixer de mão e com cuidado, processar o conteúdo na panela mesmo e quando atingir uma consistência desejada, voltar ao fogo para aquecer;
  6. E tá pronto!

Se estiver com o tempo curto e preferir, pode ser feito com feijão enlatado.

Agora é hora de montar o prato!

Blog

Naked Cake

Uma breve história sobre protagonismo

Vou logo avisando que o texto é grande, mas fica, vai ter bolo… 

Resolvi dar um tempo no blog que acabou de surgir pra voltar um pouquinho no tempo e contar a história de como tudo começou. Parece não fazer sentido, mas essa aventura tem muitas peças que vão se encaixar. No caminho, muitos episódios chegarão ao fim e tudo vai enriquecer essa história que nunca acaba.

Provavelmente escrita em azul num caderno de papel, junto de alguns péssimos desenhos ilustrando uma história mal contada, existe uma frase afirmando que não sei desenhar, mas eu sei escrever e vou contar nossa história, mas quem somos nós? Eu, eu mesma e vários personagens com papéis fundamentais nesse enredo. Com certeza essa não é e nem será a melhor história que vou contar, até porque, é difícil julgar uma algo sem fim. Minha mãe sempre dizia: “Quem conta um conto, aumenta um ponto”, por isso tenho demorado tanto pra finalizar esse texto.

De qualquer forma, essa história não começa com uma princesa linda de vestido rosa deitada num sofá comendo junk food e assistindo alguma porcaria do tipo vídeo cassetadas na TV. Talvez essa história tenha começado dentro da barriga da minha mãe, aquele lugar na temperatura ideal, flutuantemente confortável, mas que não me lembro de sentir. Hoje me pergunto “quando o sentimento começa a fazer sentido?”.  Apesar de não me lembrar, eu sei que senti.

Em 2021, no PETAR, tive oportunidade de me sentir dentro da natureza e nascer novamente, é bom sair da caverna de vez em quando e sentir que a vida recomeçou. Acho que a essa altura do texto eu deveria estar desenhando pra tentar me fazer entender, mas seria muito pior, prefiro acreditar no DOM da escrita e do storytelling (aprendi esse termo há pouco tempo, preciso usar). Simplificando, a história começa quando eu nasci, mas só começa a ser contada quando eu soube que apesar de poder renascer sempre, a vida é uma só. Em algum momento a morte vai aparecer por aqui, mas enquanto ela não chega, mantenho respeito a uma distância segura, eu sei que ela caminha ao lado. 

Nesse mundo cheio de informações rápidas e muitas vezes sem sentido, me deparei com uma frase que me marcou “we have two lives, and the second begins when we realize we only have one”, escrevi com giz branco num pequeno quadro que ficava na porta principal do apartamento de 70m² que eu vivia em 2018. Todos os dias eu lia a frase, todos os dias eram únicos e parecia que eu deixava o tempo escapar e a frase ecoava. Um dia, depois do silêncio tomar conta de tanto barulho, mesmo sem perceber, tomei as rédeas e assumi a direção da minha vida. 

Um bom tempo depois percebi que as rédeas sempre estiveram nas minhas mãos mas, como nunca gostei de fazer muito esforço, eu as deixava soltas, apenas via a vida acontecer, gostava de reclamar e colocar a responsabilidade de tudo que acontecia em um ser superior, era praticamente uma coadjuvante da minha própria história. Acho que dá pra chamar isso de piloto automático, zona de conforto, e vários outros termos que talvez a psicologia explique, e por mais que todo mundo já tenha ouvido uma história parecida, é difícil agir quando estamos nessa condição. 

Naquela época eu nem sabia qual era meu propósito. Na verdade, eu nem sabia o que era ter propósito. Devo dizer que demorei uns bons 5 anos para perceber qual  é o meu (se é que eu tenho certeza disso). Por muito tempo atribuí propósito à vida profissional, sempre ouvi que ter um diploma significa ser alguém na vida e isso foi verdade por muito tempo, mas o diploma nunca fez de mim a profissional que eu gostaria de ser. Sempre atuei com carinho, amor e compaixão, e sei da responsabilidade que tenho como fisioterapeuta. Adoro fazer jus ao significado do meu nome “Trabalhadora como a abelha” e, apesar do meu propósito também fazer parte do meu trabalho, eu nunca o enxerguei dentro da fisioterapia. Sempre confiei nas palavras de um dos primeiros pacientes que tive: “Desejo que suas mãos sejam sempre saudáveis para que ajude muitas pessoas”. Sim, carrego amor e o entrego através das mãos. 

Recentemente, em um podcast, ouvi um bate-papo com uma nutricionista comportamental que me fez refletir sobre a minha relação com a alimentação, tive um DR interna. Usei o poder da memória para me encontrar com a Dedé, uma criancinha que não comia quase nada, mas que amava um pratão de arroz, feijão, purê de batatas e frango de casquinha (milanesa); conversei com a Debora pirralha de uns 9 anos que tinha vergonha do corpo, mas comia de tudo, menos porco; bati um papo com a Dé adolescente que tinha as pernas muito finas e adorava um rodízio de pizza; Falei com a Debrão, uma jovem adulta que tentou ser vegetariana, que começou a comer porco e tinha o corpo mais estranho da faculdade; E, encarando a Debora de 5 segundos atrás, eu constatei que ter uma relação saudável comigo mesma foi a melhor coisa que eu já fiz nessa vida. Hoje eu sei apreciar minha fisionomia feliz, eu sei o que me faz mal e sei a medida da bronca quando como algo que me causa dor. Hoje minhas pernas fininhas me levam a lugares que nunca imaginei chegar e principalmente, eu busco o que me faz bem pois, se as rédeas estão nas minhas mãos, cabe a mim promover o meu bem-estar. E foi nessa busca por uma vida mais saudável que eu passei a me exercitar mais, a me conectar com a natureza, a fortalecer boas amizades, cultivar bons pensamentos e me nutrir com consciência. Busquei referências e agradeço muito essas pessoas incríveis que compartilham conhecimento.

A cozinheira lá de casa era minha mãe, vivia suando (literalmente) pra entregar amor dentro das panelas. Ela sabia exatamente o que e quanto cada um comia, calculava friamente a hora de servir o almoço e sempre tinha um feijão congelado pra facilitar a vida. Ela costuma dizer que cozinhar é um ato de amor, hoje agradeço por tanto que recebi em forma de energia pro meu corpo. Mas eu só percebi isso cozinhando pra mim, transformando alimentos e me nutrindo de amor próprio. A pandemia somada ao vegetarianismo (que foi convencionado em abril de 2021) me levaram a cozinhar mais, ao preparar diversas receitas sem a superestimada proteína animal, fui forçada a explorar a criatividade. Foi aí que a cozinha ficou mais colorida, passei a controlar mais de 2 panelas ao mesmo tempo e meu celular se encheu de fotos de bowls elaborados e sobremesas estranhas. Descobri uma forma de me expressar e nutrir com amor. 

Depois de um tempo me tornei o tipo de pessoa que eu adorava julgar:  Primeiro a foto da comida, depois a primeira garfada. Nenhuma foto é perfeita, pouquíssimas são compartilhadas, mas cada uma delas me conta uma história e é isso que eu quero fazer hoje, contar uma parte da minha história e como minhas escolhas me fizeram ser mais grata por tudo. 

Decidi fazer isso hoje, porque há um mês atrás, me disseram que eu estava prestes a começar algo transformador, mas não imaginei o quanto. Talvez alguém dentro de mim disse: “Conversa de vendedor”. 

Há um mês eu entrava pela primeira vez na escola Natural Chef em Florianópolis, que lugar agradável! Junto de meus ainda desconhecidos colegas, desfrutei de um café da manhã bem do Jeito Natural Chef de ser. Ganhei uma dolmã com meu nome,  que sujei logo no primeiro dia. Cozinhei em uma cozinha maravilhosa, dessas que a gente via na TV e hoje salva numa pasta do Pinterest “Quando eu tiver uma casa” ou algo do tipo. Divididos em grupos, cozinhamos em bancadas super equipadas, com muitos utensílios disponíveis, quem assiste programas de culinária pode imaginar o que estou falando. 

Durante a primeira semana de novembro tive aulas com chefs que ensinam com o coração e servem amor muito bem empratados. Conheci uma parte da história e da personalidade de cada um e me inspirei com elas. Passei bastante tempo observando a agilidade e delicadeza das mãos da Yurika e da Lari e recebi ajuda da Fran sempre que precisei. É incrível saber que o mundo tem pessoas maravilhosas trabalhando (muito) no caminho do bem. Parafraseando meu namorado/esposo: “Gente do bem, ensinando a fazer o bem”. 

Foram seis dias intensos, das 9:30 às 18:00 falando em comida, em nutrientes, técnicas de cocção, cortes, utensílios, cores, aromas, texturas e sabores, foram muitos sentimentos de uma só vez. E foi ótimo aguçar meus sentidos ao lado de pessoas brilhantes. Talvez o sentido de sentir seja simplesmente estar vivo. 

Devo dizer que a turma 15 foi a mais especial que já passou pela Natural Chef. Não só porque tínhamos 4 meninos na turma, mas porque somamos várias pessoas com o mesmo propósito, cheios de idéias diferentes que fizeram minha cabeça (e de mais alguns) explodir. Foi muito bom saber um pouco da história de meus colegas, só reforça o fato de que cada ser é único e que juntos podemos fazer a diferença. Em uma semana criamos laços, nos divertimos, dividimos temores, anseios e planejamos banquetes futuros. Consigo visualizar nossos encontros em terras gaúchas, catarinenses, paranaenses e paulistas. 

Eu aprendi e vivi muita coisa legal e queria contar para as pessoas que gosto. Eu, que sempre achei que o instagram era uma vitrine de vidas perfeitamente inalcançáveis, hoje vejo como um meio de me aproximar e contar essa história para pessoas queridas. Parece besteira, mas publicar esse texto junto do vídeo acseguir me fez transpor a barreira da exposição. Eu não sou expert em vídeos, nem bolos, mas eu precisava marcar um momento tão especial na minha vida, e por que não com um naked cake (quase) perfeito?

Tem muita coisa para aprender e muito trabalho pela frente. Hoje tenho a mesma sensação de subir uma montanha pela primeira vez, é a certeza de que o caminho é esse sem saber exatamente onde estou. Espero que a jornada seja longa, com belas paisagens do agora, dessas que dão forças pra seguir até o cume. 

Agora que me conhece um pouco mais e sabe que o blog está começando, fique à vontade para acompanhar.

De vez em quando uma história vou contar. Aqui, estudos e curiosidades vou compartilhar, Mas nem sempre vou rimar. 

Se você leu até aqui, agradeço de coração (mesmo que talvez eu tenha te obrigado).

Se você mora por perto e quiser provar alguma coisa que eu vier a cozinhar, me avisa, a gente dá um jeito. 

Se 1% do que eu expor fizer diferença na vida de alguém, serei muito feliz. 

Um beijos e até mais.

Acompanhamento

Melancia do Mar

Aprenda como utilizar a melancia para substituir o peixe em pratos frios.

Sim, parece bem estranho usar a melancia para substituir o peixe numa receita, mas continue lendo que eu explico.

Boa parte da infância e da pré adolescência vivi em Foz do Iguaçu. Como toda cidade pequena, vez ou outra acontecem eventos culturais para movimentar a cidade.. Anualmente acontecia a Feira das Nações, Artesanato, Turismo e Cultura (FENARTEC), me lembro bem da super praça de alimentação com diversas barracas de nacionalidades variadas, era um ambiente repleto de aromas e sabores diferentes, mas a minha maior alegria era comer yakissoba na barraca de comida japonesa. Com certeza eu comia uma porção bem grande, saia feliz e satisfeita atrás de um crepe de chocolate.

Lá em 2003, aos 14 anos, descobri que a culinária japonesa vai muito além do yakissoba, passei a apreciar os sabores do peixe cru e me desafiar no manuseio dos hashis. Desde então visitei alguns restaurantes japoneses e sempre comia igual uma colheitadeira nos rodízios Hahaha.

Até hoje esses sabores orientais estão na lista de meus preferidos. Porém, mesmo que muitos não o considerem, peixe também é carne. Aliás, o peixe foi a última carne que parei de comer. O processo todo foi gradual e acredito que por serem mais leves, mais saudáveis e mais gostosos, os frutos do mar acabaram permanecendo na dieta por mais tempo. Mas isso eu conto melhor em outro momento.

Deixei de frequentar esses restaurantes devido a poucas opções sem carne. Se hoje oferecem, eu nem sei. Em Curitiba tem alguns restaurantes vegetarianos especializados nisso, já experimentei alguns pratos do Hozon e gostei muito.

Um dia juntei a fome com a vontade de cozinhar e fui buscar alternativas pela internet, encontrei algumas receitas utilizando a melancia como substituto do peixe, achei a ideia interessante e resolvi testar. Óbvio que lembrei da Bela Gil e quanto julguei quando surgiu com a ideia de fazer churrasco de melancia.

Depois de ver alguns preparos desenvolvi a minha receita. Resolvi chamar de melancia do mar pois faço uma marinada com shoyu, gengibre, óleo de gergelim e algas, o que deixa um leve sabor marítimo. Basicamente é fazer a marinada, deixar a melancia por no mínimo 6h absorvendo o sabor e depois assar.

O maior trabalho é cuidar do assado, que deve ser verificado a cada 30 minutos durante 2 horas. A aparência e a textura é muito similar a do atum e até quem não gosta de melancia se surpreende com o sabor.

Vale a pena testar e descobrir uma nova maneira de consumir melancia e substituir o peixe em receitas frias.

Comer com o que?

Essa melancia pode ser servida como sashimi, sushi, no temaki, pode compor um poke, simplesmente para acompanhar uma salada ou o que a criatividade mandar.

Mesa montada com dois pokes, um prato de sushis veganos utilizando melancia e um copo de soda italiana.

É importante lembrar que serve como substituto do peixe em aparência e sabor, mas não em valor nutricional. Para tanto, adicionar sementes, pedaços de tofu e/ou leguminosas (edamame, feijões, lentilhas..) pode suprir a quantidade de proteína necessária do prato.

A carne do peixe também é rica em Ômega-3, uma gordura muito importante para o funcionamento do nosso organismo. A semente de chia, linhaça, algas e nozes são fontes vegetais desse nutriente. Claro que esses alimentos têm quantidade baixa de ômega-3 quando comparado à carne do peixe, por isso, variar os ingredientes proporciona maior disponibilidade para nossa absorção.

Sugiro que os pedaços de melancia sejam cortados em cubos de 2x2cm ou 2x4cm, assim os pedaços vão assar por igual. Já testei com pedaços maiores, demoram mais para assar por completo, mas ficam igualmente bons.

Também testei pegar um desses pedaços maiores e fritar em fio de azeite, fica bem interessante. Comi quente logo que saiu da frigideira, mas não compus nenhum prato com ele, se fizeres ou surgir alguma ideia, me conta pra eu tentar também.

Para fazer a melancia é simples, mas precisa de tempo.

Essa receita exige tempo, então se decidir fazer, melhor que comece o preparo de um dia para outro ou da manhã para a noite.

Vai precisar de:

  • Faca;
  • Recipiente com tampa (de preferência vidro);
  • Assadeira/Forma;
  • Forno;
  • Geladeira.

Comece separando os ingredientes da marinada: Shoyu, Água, Óleo de gergelim, Limão, Vinagre de arroz, Algas, Pimenta do reino, Sal e Gengibre. Em seguida juntar todos eles num pote de vidro com tampa, o recipiente deve ser grande suficiente para caber os pedaços de melancia. E claro que, se não tiver o pote de vidro, use um “tapaué ou um pote qualqué”, dá até pra usar saco plástico limpo e que não tenha furos.Em seguida, basta cortar os pedaços os pedaços da melancia, retirar as sementes, adicioná-los à marinada e guardar na geladeira.

Devem permanecer assim por pelo menos 6h. Já deixei mais de 24h e o sabor foi o mesmo, maas, por questões de segurança alimentar, prefira manter por menos de 1 dia. Depois desse tempo, a água da marinada é descartada, os pedaços de melancia são transferidos para uma assadeira junto com os pedaços de alga e assar por 2h verificando e virando os pedaços a cada 30 minutos. Sempre retirando a água que acumular na assadeira para evitar que fique amargo.

Depois é só esperar esfriar, guardar na geladeira e consumir da maneira que preferir.

Receita completa

Niguiri feito com melancia marinada e assada.

Melancia do Mar

Prep Time: 6 hours
Cook Time: 2 hours
Additional Time: 20 minutes
Total Time: 8 hours 20 minutes

Uma alternativa a base de plantas para substituir peixes em pratos frios.

Ingredients

  • ½ xícara de água
  • 1 xícara de shoyu
  • 2 colheres de sopa de óleo de gergelim
  • 2 colheres de sopa de vinagre de arroz
  • ½ limão espremido
  • 1 colher de chá de gengibre ralado
  • 2 folhas de alga nori picadas
  • 1 pitada de sal
  • Pimenta do reino a gosto
  • 500g de melancia.

Instructions

  1. Em um recipiente que tenha tampa começar preparando a marinada: colocar a água, o shoyu, o óleo de gergelim, o vinagre, o limão, o gengibre, a alga, a pimenta do reino, o sal e reservar;
  2. Cortar a melancia em cubos de cerca de 2x2cm ou 2x4cm, retirar as sementes e juntar com a marinada;
  3. Misturar bem para que todos os pedaços de melancia fiquem submersos, se não for possível, mudar os pedaços de posição de tempo em tempo;
  4. Guardar essa marinada na geladeira por no mínimo 6h, tentar não ultrapassar 24h;
  5. Depois desse tempo, retirar os pedaços de melancia da marinada e dispor numa assadeira;
  6. Levar ao forno a 180° - 200° por cerca de 2h, virando os pedaços de melancia e retirando o excesso de líquido da forma a cada 30 minutos;
  7. Quando os pedaços de melancia tiverem reduzido de tamanho e estiverem com uma textura mais mole e os cantos mais escurecidos está pronto;
  8. Retirar do forno e guardar na geladeira até que esfrie para compor o prato desejado.

Notes

É ideal que seja um recipiente de vidro e com tampa, mas se não tiver, pode usar algo que deixe vedado.
No passo 5 é interessante usar uma peneira grande, assim apenas o líquido é descartado e a melancia permanece com os pedaços de alga, isso dá um sabor a mais depois de assada.
Consumir em até 3 dias depois de pronto.
Sugestão: Usar em pokes, temakis, sushis e sashimis.

Se resolver testar essa ideia me conta aqui o que achou ou o que mudaria nesse preparo. Fico feliz em compartilhar e aprender.