Prato com purê de feijão branco, cogumelos portobello assados e tomates confitados
Acompanhamento, Prato Principal

Cogumelos assados com Purê de Feijão branco

Uma combinação de sabores e texturas

Em tempos de salvar várias idéias pra fazer depois e nunca mais pensar nelas, resolvi reproduzir uma delas, não segui receita, fiz do meu jeito, mas ficou tão gostoso que resolvi compartilhar. A ideia original encontrei no pinterest, salvei numa pasta de receitas veganas, essa especificamenteé do @sovegan. Ele faz um purê de feijão branco com alho, acompanhado de cogumelos assados finalizados com um chimichurri lindo, bem picadinho. A apresentação do prato ficou muito bonita, e, como tenho uma certa dificuldade em empratar acabei imitando o dele.

Prato com purê de feijão branco, cogumelos portobello assados e tomates confitados

Aproveitei uma sexta a noite pra servir um jantar especial aos dois humanos que moram nessa casa. Na quinta-feira deixei uma xícara de feijão branco de molho, troquei a água duas vezes num período de 16h, não precisa ser regra, mas ajuda bastante a eliminar fatores antinutricionais que prejudicam a digestão. Existe feijão branco enlatado, eu nunca usei, acredito que seja o dobro do preço, mas funciona em caso de falta de tempo.

No mercado achei cogumelos portobello grandes, mais ou menos do tamanho da palma da mão, eram 5 na embalagem (250g).Cozinhei o feijão com 2 folhas de loro e 3 cravos em panela de pressão com fogo médio por 20 minutos e deixei reservado.

Bônus: Tomates Confit

Decidi fazer uns tomates cereja confit para acompanhar, lavei cerca de 100g de tomates, e coloquei para assar com alecrim seco, sal e muito azeite em temperatura muito baixa, no meu forno o mínimo é 180º, por uns 50 minutos.

Limpei os cogumelos com papel toalha úmido e pincelei uma pasta de missô (1 colher de sopa), água (3 colheres de sopa), azeite (1 colher de sopa), páprica defumada, cominho, pimenta do reino, pimenta caiena e sal (tudo a gosto). Assei a 180º, tirei quando estavam começando a grudar na forma, foram uns 40 minutos.

Enquanto os tomates e os cogumelos assavam, preparei um vinagrete meio chimichurri, diferente do vídeo, coloquei cebola roxa e acho que deu um leve toque adocicado que eu amo. Usei salsinha, cebolinha, cebola roxa, pimenta vermelha (essas de jardim, acho que é cumari), orégano, vinagre, azeite e sal, tudo bem picadinho pra ficar lindinho como o dele.

No vídeo o sovegan utiliza uma cabeça de alho assada e bate com o feijão no liquidificador, um jeito simples e rápido, deve ficar bom. Mas, para o meu purê, refoguei um punhado de alho poró cortado em rodelas não muito finas (cerca de 3 colheres de sopa), adicionei o feijão cozido, 1/4 de xícara de leite de castanha de caju, sal e 1 colher de sopa rasa de manteiga vegetal, processei tudo com o mixer de mão e voltei ao fogo só para aquecer.

Com tudo pronto, montei os pratos e servi. O sabor do cogumelo foi surpreendente, o ácido do vinagrete foi equilibrado com o purê e os tomates trouxeram suculência, tudo combinou e foi muito aprovado!

E as proteínas?

É de conhecimento comum que alimentos de origem animal são ricos em proteínas completas e a primeira pergunta que fazem quando alguém diz que não come “carne” é “E a proteína?”.

Quem é vegetariano, vegano, simpatizante, deve estar acostumado a procurar opções sem proteína de origem animal quando vão à restaurantes e muitas vezes encontra pratos feitos com cogumelo. Apesar de muito rico em diversos nutrientes como vitaminas do complexo B, vitamina D, C e E, mineiras e antioxidantes, os cogumelos não são uma fonte concentrada de proteína. No começo da minha transição já acreditei nisso e várias vezes comi cogumelos achando que meu prato estava super equilibrado. Entender a função e origem das proteínas é fundamental para quem adota uma dieta a base de plantas para garantir uma nutrição adequada.

As proteínas desempenham papéis muito importantes em diversas funções corporais, incluindo a estrutura celular, o transporte de nutrientes, a comunicação entre células, a função enzimática, resposta imunológica entre outras. São formadas por cadeias de aminoácidos que se organizam em estruturas complexas tornando-se capazes de exercer funções biológicas específicas.

Existem cerca de 20 aminoácidos que são comumente encontrados nas proteínas. Destes, nove são considerados essenciais para o funcionamento adequado dos seres humanos, e nosso corpo não consegue produzi-los por conta própria, portanto, devem ser obtidos através da alimentação.

As leguminosas (feijões, lentilhas, grão de bico, ervilha, soja…) são a principal fonte de proteína vegetal, mas é necessário saber que sozinhas não fornecem a quantidade necessária de aminoácidos, é preciso combinar uma porção de cereais e oleaginosas para obter uma proteína completa. Embora as leguminosas sejam ricas em proteínas, tendem a ser deficientes em um ou mais aminoácidos essenciais, enquanto os cereais e oleaginosas complementam essas deficiências, fornecendo outros aminoácidos.

Portanto, é preciso combinar leguminosas com cereais (arroz, trigo, quinoa) e oleaginosas (nozes, amêndoas, sementes), para obter uma variedade adequada de aminoácidos essenciais, formando uma proteína completa.

Depois de dizer tudo isso, a reflexão: O prato que servi não contempla porções dos grupos dos cereais e oleaginosas, pergunto de novo, e a proteína?

Algo interessante, e pra mim, muito legal na dieta a base de plantas, é que, apesar do consumo dos aminoácidos essenciais ser uma regra para obtenção das proteínas, eles não precisam ser combinados numa única refeição. Pra quem gosta de comer diversos alimentos combinados de formas diferentes, pode ficar tranquilo porque é muito provável que consiga todos os aminoácidos essenciais ao longo do dia.

Com a escolha de alimentos variados nas refeições diárias, fornecemos diversas fontes de proteínas ao nosso organismo, essas são digeridas no trato gastrointestinal e os aminoácidos que são liberados nessa quebra pegam uma carona nas células intestinais e são transportados pela corrente sanguínea para diferentes partes do corpo, onde são utilizados para várias funções orgânicas já citadas.

É claro que, cada pessoa é diferente e a quantidade de proteína (e outros nutrientes) deve ser calculada com base na atividade, estilo de vida, objetivo e necessidade de cada um. Então, procurar profissionais capacitados faz toda diferença na hora de compreender funções e necessidades do corpo em diferentes fases da vida.

Depois de tudo isso, sigo com as receitas. Serão descritas na ordem que fiz e tudo ficou pronto num tempo similar. Como utilizei feijão cru, coloquei para cozinhar antes de tudo.

Tomates cereja confitados

A temperatura baixa e a grande concentração de gordura cozinham os tomates até que fiquem murchos e suculentos ao mesmo tempo, comer tomates confit é uma experiência muito interessante de texturas e sabores.

Precisa de: Assadeira e forno.

Ingredientes:

  • 100g de tomate cereja
  • Azeite suficiente para engordurar todos os tomates e sobrar
  • Alecrim e sal a gosto.

Tomilho, sálvia e outras ervinhas devem cair bem aqui.

Modo de fazer:

  1. Lavar os tomates;
  2. Colocar numa forma e despejar o azeite, adicionar os temperos;
  3. Assar em temperatura baixa, 180º por 50 minutos verificando aparência e textura de preferência.

A pele dos tomates pode ficar ligeiramente enrugada, mas ainda mantém um visual atraente. A cor deles geralmente se intensifica, resultando em tons mais profundos de vermelho.

Cogumelos portobello assados

Pincelados com uma pasta de temperos, os cogumelos são assados em baixa temperatura e o resultado é muito saboroso e o cogumelo fica suculento. Dá até pra comer os talos, mas ficam mais ressecados e borrachudos.

Precisa de: Assadeira e Forno.

Ingredientes:

  • 250g de cogumelos portobello grandes (cerca de 5 unidades)
  • 1 a 2 colheres de sopa de missô ~35g
  • 2 colheres de sopa de água – 30g
  • 1 colher de sopa de azeite ~20g
  • Páprica defumada, pimenta do reino, cominho em pó, pimenta caiena e sal a gosto

Modo de fazer:

  1. Limpar os cogumelos com papel toalha úmido e reservar;
  2. Misturar os demais ingredientes, ajustar os sabores conforme preferência;
  3. Com um pincel culinário, espalhar essa pasta nos cogumelos, reforçando a parte de baixo, onde mais absorve;
  4. Distribuir os cogumelos numa assadeira, ideal que seja forrada com papel manteiga;
  5. Levar ao forno pré aquecido a 180º por aproximadamente 40 minutos, verificando a textura e aparência.

Vinagrete

Vinagrete ou chimichurri? Talvez seja uma mistura dos dois, o importante é que o sabor ácido dá um toque super especial nos cogumelos e é equilibrado com o purê de feijão.

Precisa de: Um bowl, vasilha, tapaué; e Faca

Ingredientes:

  • Um punhado de salsinha
  • Um punhado de cebolinha
  • 1/4 de cebola roxa pequena
  • 2 pimentas cumari
  • 4 colheres de sopa de vinagre
  • 1 colher de sopa de azeite
  • Orégano e sal a gosto.

Modo de fazer:

  1. Picar a salsinha, a cebolinha, a cebola e as pimentas bem pequenininho e colocar num bowl;
  2. Adicionar os demais ingredientes e misturar bem;
  3. Provar e ajustar os sabores;
  4. Guardar até a hora de servir.

Purê de feijão branco

Muito fácil de fazer e com uma textura macia e saborosa, o purê se torna uma ótima base para misturar os sabores do prato.

Precisa de: Panela de pressão, panela, mixer de mão, faca e fogo.

Ingredientes:

  • 1 xícara de feijão branco cru ~ 200g
  • 3 cravos
  • 2 folhas de loro
  • ¼ de xícara de alho-poró ~60g
  • 3 colheres de sopa de Leite de castanha de caju ~45g
  • 1 colher de sopa de manteiga vegetal ~15g
  • Sal a gosto.

Modo de fazer:

  1. Depois de demolhar o feijão por pelo menos 12h e trocar água, colocar o feijão na panela de pressão junto com os cravos e as folhas de loro, colocar água suficiente para cobrir o feijão e mais um pouco, cozinhar na pressão por 20 minutos;
  2. Numa panela, refogar o alho poró por uns 3 minutos em fogo médio/baixo;
  3. Adicionar o feijão na panela e refogar por mais alguns minutos;
  4. Retirar do fogo e adicionar o sal, a manteiga e o leite de castanha mexendo para incorporar;
  5. Com um mixer de mão e com cuidado, processar o conteúdo na panela mesmo e quando atingir uma consistência desejada, voltar ao fogo para aquecer;
  6. E tá pronto!

Se estiver com o tempo curto e preferir, pode ser feito com feijão enlatado.

Agora é hora de montar o prato!

Prato Principal

Curry de Legumes e Grão de bico

Que tal preparar algo diferente?

Esse curry com certeza vai mudar a rotina da cozinha.

Essa receita é inspirada nos pratos indianos, que eu, particularmente adoro. São preparos muito condimentados e em sua maioria picantes. É cheia de cores, sabores e texturas, e é especialmente amigável para vegetarianos, ou até… “Vegan-Friendly”.

Sempre gostei de comida indiana, amo a intensidade dos temperos, o aroma que dá pra sentir a metros de distância e o fato de sempre ter um sabor doce no meio. Mas sinceramente acho que fica meio pra trás no quesito beleza, porém, com uma boa técnica de estética de prato sai uma bela foto, que não é o caso dessa postagem..

Dois bowls com arroz integral e curry de legumes.

Né?!

Aqui em Curitiba temos boas opções de restaurantes de comida asiática, Swadisht, Mahatma, Thai, Annapurna.. Adoro comer nesses lugares pra ter ideias, e, quando bate a vontade tento criar receitas inspiradas nos pratos que já comi.

Esse curry fiz com Grão de bico, Abobrinha, Batata inglesa e Cenoura, mas a combinação de legumes depende do gosto, da vontade ou do que tiver na geladeira. Outras boas opções: Ervilha, Couve-flor, Batata doce, Nhame, Pedaços de tofu ou Ricota (pra quem consome).

Além dos legumes, o molho de tomate e o leite de coco enriquecem o ensopado. Vale lembrar que fazer o molho e o leite em casa deixa o prato único e ainda mais saudável.

Como combinar?

O curry de legumes é uma prato nutricionalmente completo, portanto, comê-lo sem muitos acompanhamentos já é uma refeição valiosa. Mas, é mais gostoso comer com arroz, pão e/ou salada.

O arroz basmati ou o de Jasmin são clássicos acompanhamentos para muitos ensopados indianos, mas, para tornar o preparo mais em conta, é totalmente possível fazer um arroz branco ou integral que vai combinar muito bem. Se quiser um toque mais indiano no arroz, sugiro que coloque as sementes de umas 3 bagas de cardamomo ao refogado, fará muita diferença.

Outra opção clássica são os pães, quando fiz essa receita em casa usei um pão integral, fiz um preparado de alho, passei no pão e com o rolo de macarrão amassei as fatias de pão e coloquei uns 5min na air fryer. Ainda não me arrisquei para fazer um pita bread ou naan em casa, mas há mercados e padarias que vendem e são boas opções. Assim que fizer um pão em casa volto aqui com a receita.

Lembrando que os indianos não costumam usar talheres, o pão exerce essa função.

O curry é fácil de fazer deixa um aroma muito bom na casa

A receita é bem simples e relativamente rápida, em cerca de 45 min está pronto.

Os ingredientes são fáceis de encontrar: Grão de Bico (pré cozido ou em lata), Abobrinha, Batata, Cenoura, Leite de coco, Pimenta dedo de moça, Alho, Cebola, Tomate, Molho de tomate, Azeite e Temperos de preferência, eu usei Cominho, Curry, Canela, Pimenta do reino, Cravo, Tomilho fresco e Sal.

Dá pouco trabalho e precisa de:

  • Panela média/grande;
  • Panela de pressão (para cozinhar o grão de bico), ou não;
  • Faca;
  • Água;
  • Fogo.

Comece organizando os ingredientes: Se optar por cozinhar o grão de bico, o ideal é deixá-lo em demolho por pelo menos 12h e trocar a água na metade do tempo. Esse processo hidrata o grão facilitando a digestão, reduzindo a produção de gases e minimizando os efeitos dos fitatos no organismo. Utilize 1 xícara de grão de bico seco.

Costumo cozinhar na pressão por 10 minutos, os grãos ficam bem cozidos, mas firmes. Como nessa receita os grãos serão adicionados a um ensopado, pode ser que continuem cozinhando depois, o que os tornará mais macios, portanto, prefiro que estejam firmes quando retiro da pressão.

Na tabua de bambu estão separados os ingredientes para preparação do curry de legumes.

A cebola e o alho devem ser picados e refogados, em seguida, adicionar os temperos e misturar por cerca de 30 segundos, apenas para perfumar. O tomate também é picado e adicionado ao refogado, misture até que vire uma pasta.

A abobrinha, a batata e a cenoura são cortadas em cubos e acrescentadas na penela, em seguida, o molho de tomate e o leite de coco são incorporados ao refogado para criar o ensopado. Observe o tempo de cozimento dos legumes, se preferir, adicione a abobrinha depois, pois tem um tempo de cozimento bem menor do que a batata e a cenoura. Mas, em cerca de 20 minutos já estarão todos cozidos.

Adicione o grão de bico ao ensopado, misture, experimente os sabores e está pronto!

Receita Completa

Dois bowls com arroz integral e curry de legumes.

Curry de Legumes com Grão de bico

Yield: 4
Prep Time: 20 minutes
Cook Time: 25 minutes
Additional Time: 5 minutes
Total Time: 50 minutes

Ingredients

  • 1 Xic e meia de Grão de bico cozido
  • 1 Cebola picada
  • 1/2 Tomate picado
  • 2 dentes de Alho espremidos
  • 1 Batata em cubos
  • 1/2 Abobrinha em cubos
  • 1/2 Cenoura em cubos
  • 1/2 Pimenta dedo de moça picada
  • 200ml Leite de coco
  • 1 Xic de molho de tomate
  • Temperos a gosto:
  • Curry
  • Canela
  • Cominho
  • Sal
  • Pimenta do reino
  • Tomilho

Instructions

    1 - Em uma panela média/grande refogar a cebola e o alho;
    2 - Juntar os temperos e refogar por mais 30 segundos, só para perfumar;
    3 - Adicionar o tomate picado e misturar para formar uma pasta;
    4 - Em seguida, adicionar os legumes ao refogado e logo em seguida o molho de tomate e o leite de coco;
    5 - Cozinhar em fogo médio por cerca de 20 minutos, verificando de vez em quando.
    6 - Quando os legumes estiverem macios, adicionar o grão de bico, misturar e provar os temperos.

Notes

Escolha os legumes de sua preferência, couve-flor, abóbora cabotiá, batata doce, inhame também são boas opções;

Observe o tempo de cozimento dos alimentos, se necessário, adicione-os separadamente;

Caso o ensopado não seja suficiente para cobrir os legumes, adicione um pouco de água.

E você, gosta de experimentar sabores diferentes na cozinha? Já teve oportunidade de comer um verdadeiro curry indiano? Me conta, eu gosto de saber!

Prato Principal

Mexicano do Mato – Chilli vegano

Chilli Vegano de Proteína de Soja

A comida mexicana é cheia de cor e sabor, são várias opções de pratos que se complementam e é ótima para comer em galera, um encontro entre amigos com esse mexicano vegano vai agradar ainda mais pessoas.

Conheci um pouco da culinária mexicana aqui no Brasil mesmo, fui num restaurante mexicano pela primeira vez em 2008 e desde então passei a apreciar os sabores picantes, aprendi a combinar a crocância dos nachos com a maciez do chilli e usei a criatividade montando tacos e burritos.

Sou vegetariana desde 2021, deixei de consumir em restaurantes que costumava ir, o único restaurante vegano que tinha algum prato mexicano não me agradava, a vontade de comer um chilli era grande e resolvi fazer a minha versão sem ingredientes de origem animal.

Optei pela proteína texturizada de soja (PTS) por ser o mais próximo da aparência e textura da versão original. Além de que, a PTS tem alto poder de absorção, pega muito bem o sabor dos temperos e não fica com aquele gosto de ração. Se tiver um tempinho a mais, vale deixar marinando de um dia para o outro.

Outra opção vegana além da soja

Muita gente não gosta de consumir soja, uma outra opção é a lentilha beluga (lentilha negra), é bem pequena e redondinha. Para utilizá-la só precisa cozinhar por cerca de 20min, temperar, reservar e usar confome a receita a partir do passo 2. Sugiro o teste.

Comida mexicana tem pimenta

A medida de pimenta depende de quem vai comer, é bom perguntar antes e ajustar uma medida que agrade a todos ou fazer uma porção menos apimentada para os mais sensíveis.

Outra ideia é ter opções de molhos ou conservas para os mais fortes aumentarem o nível de picância diretamente no prato.

Costumo usar a pimenta dedo de moça nos preparos que pedem sabor picante, mas uma vez encontramos pimenta jalapeño in natura no mercado, experimentei com medo, mas parece pimentão, super sem graça. Fiz uma conserva e ficou um pouco melhor. Em alguns mercados tem opções importadas que são muito boas, vale a pena comprar e deixar o prato ainda mais mexicano.

Tortilhas, tacos, nachos…

A maior parte do que conhecemos de culinária mexicana é americanizada, cozinha Tex-Mex, uma junção da cultura mexicana com a norte-americana.

A tortilha pode ser de milho ou trigo, é macia e serve para diversos preparos, pode ser um burrito se for recheada e enrolada, se for frita e recheada vira um taco, se for cortada em triângulos, assada ou frita, conhecemos como nachos (ou chips), os mexicanos chamam de totopos.

Independente do formato ou da base, servem muito bem para acompanhar o Chili e temos várias opções no mercado. Se um dia eu fizer em casa e der certo, volto aqui com a receita.

Por aqui geralmente compramos a Tortilha Chips Texmex, quando não tem no mercado, ou está muito caro, vamos de Doritos mesmo apesar da diferença absurda de ingredientes.

Todas as tortilhas de trigo que já provei eram boas, até mesmo o Rap10… não tenho uma marca específica para recomendar.

Fazendo o Chilli Vegano

A receita é bem simples e rápida. Basta organizar os ingredientes e em cerca de 30min o rango está pronto.

Os ingredientes são fáceis, geralmente tem tudo na dispensa: PTS, Água, Pimenta, Alho, Cebola, Tomate, Molho de tomate, Azeite e Temperos de preferência, eu usei Cominho, Pimenta do reino e Sal.

Pra fazer dá pouco trabalho e precisa de:

  • Bowl/Tigela/Pote médio;
  • Faca;
  • Panela média
  • Fogo.

Pra começar, é bom temperar a PTS para incorporar os sabores, basta colocar num bowl médio e adicionar água fervente e os temperos de preferência. Deixar reservado enquanto prepara os demais ingredientes. Se teve tempo e deixou marinando de um dia para o outro, melhor ainda.

Em seguida, picar o alho, a cebola, o tomate e a pimenta. Se quiser fazer um Guacamole para acompanhar, dá para aproveitar esse momento e já prepará-lo, tem receita aqui.

Na panela refogar o alho e a cebola, adicionar a pimenta. Adicionar a PTS e refogar até dar uma tostadinha.

Juntar ao refogado o tomate picado e o molho de tomate, que serve apenas para deixar mais suculento, não precisa colocar demais e virar um “bolonhesa”. Aqui vale provar e ajustar os temperos.

Se tiver feijão pronto com pouco tempero, dá para adicionar ao preparo e vira um chilli beans.

Receita Completa

Chilli Vegano de PTS

Chilli Vegano de PTS

Prep Time: 20 minutes
Cook Time: 30 minutes
Total Time: 50 minutes

Ingredients

  • 1 xícara de pts pequeno;
  • 1 xícara de água fervente;
  • Sal, cominho e pimenta do reino a gosto;
  • 1/2 pimenta dedo de moça;
  • 1 cebola pequena;
  • 2 dentes de alho;
  • 1 tomate;
  • 1/3 de xícara de molho de tomate;
  • Azeite ou óleo de coco para refogar.

Instructions

  1. Colocar a PTS num bowl médio, adicionar uma parte dos temperos e a água fervente suficiente para cobrir a PTS, reservar enquanto prepara os demais ingredientes (se for fazer guacamole, é bom aproveitar esse momento e já prepará-lo, tem receita aqui);
  2. Cortar a cebola em cubinhos pequenos; espremer ou picar os dentes de alho; descascar e retirar as sementes do tomate e em seguida cortar em pedaços médios. Retirar as sementes e a parte branca da pimenta, cortar em pedaços bem pequenos;
  3. Na panela, refogar a cebola e o alho, adicionar a pimenta e refogar por mais 1minuto. Em seguida adicionar a PTS, refogar até tostar um pouco. Adicionar o tomate e o molho de tomate, mexer e verificar os temperos, se necessário, adicionar mais.

Notes

Se tiver um feijão sem (muito) tempero, dá pra misturar e vira um chilli beans.
Bom para comer com tortilhas, tacos, salada, arroz...

Essa receita combina muito bem com o Guacamole e o Sour Cream de tofu.

Se fez, me conta como ficou. Se tiver dúvidas, pode perguntar nos comentários que te ajudo com o maior prazer.

Prato Principal

Baiano Vegano

Tem azeite de dendê na dispensa e não sabe como usar?

Essa receita vegana com abóbora cabotiá e cogumelos pode ser uma boa solução.

Eu nunca estive na Bahia, mas tenho certeza que vou adorar, praia, calor e comida boa.

Um dia comi uma Moqueca de frutos do mato, uma versão vegana da moqueca de frutos do mar, descobri que adoro o sabor de azeite de dendê e resolvi tentar fazer um prato parecido. Juntei uma fome com vontade de comer e num natal em casa arrisquei inventar uma receita baseada em pratos baianos que busquei na internet.

Na ocasião, fiz um arroz cateto integral, farofa de castanha do pará e salada de folhas, outra sugestão de acompanhamento é BANANA CHIPS ou BATATA… palha, chips, frita, souté, desde que tenha crocância.

As receitas baianas

Moqueca, bobó, vatapá, caruru, sarapatel… A culinária baiana é patrimônio nacional, cheia de sabor, cor e muito QUENTE. É comum ouvir relatos de quem já se enganou, pediu o prato quente e quase morreu por conta da pimenta. Uma das vantagens de fazer a própria comida é acertar os temperos, mas se caso acontecer esse “acidente”, um pão ou copo de leite pode aliviar a ardência.

Grande parte dos pratos baianos tem os frutos do mar como protagonistas, grande influência dos portugueses. Pra ter um “gostinho de mar”, na minha versão usei folhas de alga nori, mas o uso é opcional.

Pra fazer dá trabalho, mas não é difícil.

Na hora de fazer é ideal deixar todos os ingredientes e utensílios preparados, vai facilitar a vida na cozinha sem correria.

Vai precisar de:

  • Panela média/grande;
  • Frigideira (ou não);
  • Faca;
  • Fogo;
  • Colher grande para mexer;
  • Liquidificador ou mixer de mão.

Os ingredientes não necessitam de muito além de cortar e picar, o que facilita se precisar preparar algo diferente de uma hora para outra, mas a organização deles leva cerca de uma hora, são eles: Cogumelo paris cortados ao meio, Palmito, Pimentão e Abóbora Cabotiá cortados em cubos, Cebola, Alho e Pimenta dedo de moça (ou outra, ou nenhuma) picados, Leite de coco, Azeite de dendê e os temperos de preferência, eu usei Pimenta do reino, sal e tomilho.

Preparando

Depois de organizar os utensílios e ingredientes é hora de começar a preparar, numa frigideira, ou não, pode ser na panela mesmo, refogar os cogumelos, os pimentões e os palmitos com pimenta do reino e sal, reservar. O pimentão preparado dessa maneira facilita caso alguém não goste de comer e fica fácil de tirar depois.

Na panela refogar a cebola, o alho, depois juntar a pimenta picada, (caso prefira mais sabor de pimentão, adicioná-lo nesse momento). Colocar o sal, a pimenta do reino, o tomilho e refogar por mais 1 minuto, em seguida, juntar a abóbora e misturar. Sugiro limpar muito bem a casca da abóbora e mantê-la no preparo.

Juntar o leite de coco e a água ao refogado, deixar ferver e cozinhar em fogo médio até que a abóbora esteja macia, verificando de vez em quando. Separar e reservar alguns pedaços de abóbora.

No liquidificador ou mixer (cuidado para não espirrar, se queimar ou sujar a cozinha inteira), bater o ensopado, voltar à panela em fogo baixo e adicionar os ingredientes reservados, misturar tudo.

Em seguida adicionar o azeite de dendê e ajustar os temperos. Apagar o fogo e está pronto.

Finalizar com salsinha ou coentro fresco.

Receita Completa

Baiano Vegano

Baiano Vegano

Yield: 4 a 6
Prep Time: 40 minutes
Cook Time: 30 minutes
Total Time: 1 hour 10 minutes

Tudo descrito a seguir é apenas um monte de sugestões, acredito que toda receita seja adaptável e sempre merece um toque do chefe.

Ingredients

  • 150g de cogumelo paris
  • 150g de palmito
  • 1/2 Pimentão
  • 1/4 de abóbora cabotiá
  • 1 cebola
  • 3 dentes de alho
  • 1/2 pimenta dedo de moça
  • 200ml de leite de coco
  • 200ml de água
  • 2 colheres de sopa de azeite de dendê
  • Pimenta do reino a gosto
  • Sal a gosto;
  • Tomilho a gosto;
  • Óleo de coco ou azeite para refogar.

Instructions

    1. Utilizando uma frigideira (ou não, pode ser na panela mesmo) refogar os cogumelos cortados ao meio, o palmito em rodelas e o pimentão em quadrados médios com sal e pimenta do reino a gosto, e reservar. Costumo preparar o pimentão dessa maneira, pois facilita no caso de alguém não querer comer, mas se todos gostarem, o pimentão pode ser preparado no segundo passo.

    2. Numa panela média/grande refogar a cebola e os dentes de alho picados, quando a cebola estiver transparente, juntar a pimenta picada, (caso prefira mais sabor de pimentão, adicioná-lo nesse momento). Colocar o sal, a pimenta do reino, o tomilho e refogar por mais uns 2 minutos, em seguida, juntar a abóbora em cubos e misturar. Sugiro limpar muito bem a casca da abóbora e mantê-la no preparo.

    3. Juntar o leite de coco e a água ao refogado, deixar ferver e cozinhar em fogo médio até que a abóbora esteja macia, verificando de vez em quando.

    4. Separar alguns pedaços de abóbora.

    5. Bater o ensopado no liquidificador ou mixer (com cuidado para não espirrar) e retornar ao fogo baixo,

    6. Adicionar os pedaços de abóbora, o pimentão, o cogumelo e o palmito, misturar tudo.

    7. Adicionar o azeite de dendê, misturar e provar, ajustar os temperos se for necessário, apagar o fogo e está pronto.

    8. Finalizar com salsinha ou coentro fresco picadinho.

Notes

Sugiro servir com arroz, salada, farofa de castanha do Pará e banana chips.

Se quiser um "sabor de mar"' basta bater uma folha de alga nori picada com o creme no passo 5.

Tem alguma dica de prato vegano que tenha azeite de dendê? Comenta aqui e me ajuda a descobrir novos sabores.